quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Rússia mata comandante rebelde aliado aos EUA na Síria

Os bombardeios da Força Aérea da Rússia na província de Lataquia, na Síria, mataram no domingo um alto comandante do Exército da Síria Livre, um grupo rebelde apoiado pelos Estados Unidos, noticiou ontem a agência Reuters citando como fonte o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental com sede em Londres que monitora a guerra civil no país.

O ataque foi na região de Jabal Akrade, controlada pela 1ª Divisão Costeira do ESL, que confirmou a morte do ex-capitão do Exército sírio Basil Zamo.

Em outro bombardeio russo, ao sul de Alepo, que antes da guerra civil era a capital econômica da Síria, foi morto o comandante das Brigadas Nour al-din al-Zinki, outro entre os milhares de grupos armados rebeldes em ação na Síria.

Como a Rússia apoia a ditadura de Bachar Assad, a milícia fundamentalista libanesa Hesbolá (Partido de Deus) e o Irã na guerra civil síria, a facção xiita, a Arábia Saudita, a Turquia e as monarquias petroleiras do Golfo Pérsico devem aumentar o apoio aos grupos rebeldes sunitas para tentar contrabalançar a intervenção russa.

Durante o Grande Prêmio de Fórmula-1 de Rússia, realizado em Sóchi, o presidente Vladimir Putin teve uma discussão dura com o segundo príncipe herdeiro e ministro da Defesa saudita, Mohamed ben Salman, e o comandante supremo das Forças Armadas dos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohamed ben Sayed al-Nuhayyan.

Os países do Conselho de Cooperação do Golfo estão desapontados com a falta de um apoio decidido dos EUA a grupos rebeldes e determinados a combater a expansão da influência iraniana no Oriente Médio. Putin os advertiu a não entregar aos rebeldes mísseis antiaéreos capazes de abater aviões russos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Quando havia a guerra fria, existiam ou, ainda, existem países bucha-de-canhão, como foi o vietnã e como é as coréias. parece que o negócio cresceu, com a introdução de novas variáveis. agora são zonas bucha-de-canhão. como equilibrar e estabilizar essas áreas? sem pisar em ovos e calos alheios!

Nelson Franco Jobim disse...

O problema são os Estados falidos, incapazes de controlar seu território, que acabam virando campo de batalha para potências regionais e internacionais.