A taxa de desemprego entre os jovens no mundo caiu um pouco e está em 13%, mas ainda é superior ao nível anterior à Grande Recessão de 2008-9, quando estava em 11,7%, indica um relatório divulgado hoje em Genebra na Suíça pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão do sistema Nações Unidas. Deve subir em 2015 para 13,1%.
"Para milhões de jovens no mundo inteiro, encontrar um emprego decente ainda é uma luta", admite o relatório Tendências Mundiais do Emprego de Jovens, publicado a cada dois anos. O desemprego de jovens é em média três vezes do que o de adultos.
O total de jovens desempregados hoje no mundo inteiro em 2014 foi estimado em 73,3 milhões. São 300 mil a mais do que em 2012, mas 3,3 milhões a menos do que o pico registrado no auge da crise, em 2009, de 76,6 milhões.
As regiões com as taxas mais altas são o Norte da África (30,5%) e o Oriente Médio (28,2%), o que ajuda a explicar por que tantos jovens destas regiões são atraídos por milícias extremistas muçulmanas.
Em comparação com o relatório anterior, com dados de 2012, o índice de desemprego entre os jovens recuou 1,4 ponto percentual na União Europeia e 0,5 ponto percentual na Europa Central e nos países do Sudeste da Europa que não fazem parte da UE.
No Leste e no Sudeste da Ásia, no Norte da África e no Oriente Médio, o desemprego aumentou entre 2012 e 2014.
"É encorajador ver que as tendências de emprego dos jovens melhoraram em comparação com o relatório de 2013", observou Sara Elder, a principal autora do documento. "Mas não devemos perder de vista o fato de que a retomada não é universal e que perto de 43% da mão de obra jovem são desempregados ou trabalhadores que vivem na pobreza. Não é fácil ser jovem e ter de entrar no mercado de trabalho hoje."
O documento recomenda investimento em educação e na criação de empregos de qualidade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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