Por 68 bilhões de libras (US$ 104,2 bilhões ou R$ 406 bilhões), a cervejaria belgo-brasileira Anheuser-Busch InBev, a maior do mundo, comprou sua concorrente SABMiller. Se as autoridades antimonopólio concordarem, nasce uma mega empresa com faturamento anual de US$ 64 bilhões (R$ 249 bilhões) que terá cerca de 30% do mercado e vai fabricar uma de cada três cervejas bebidas no mundo inteiro.
Depois de rejeitar as primeiras abordagens, a diretoria da SABMiller concordou em recomendar a seus acionistas que aceitem a proposta da AB InBev. A maior empresa do setor no mundo ofereceu 44 libras (US$ 67,17 ou R$ 261,43) por ação, 50% acima da cotação de 14 de setembro deste ano na Bolsa de Valores de Londres.
A compra abre o mercado da África, onde a SABMiller é forte, para a AB InBev, onde se espera um crescimento de 2,6% neste ano, o primeiro em que o mercado de cerveja deve diminuir em 30 anos.
A AB InBev começou com a fusão entre as cervejarias brasileiras Brahma e Antarctica para formar a Americas Beverage (AmBev) por iniciativa de um grupo de empresários brasileiros que então negociaram uma fusão com o grupo belga InterBrew para formar a InBev, dona de marcas como Stella Artois, Hoegaarden e Leffe, entre muitas outras.
Para penetrar no mercado americano, a InBev comprou a Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser, a cerveja mais vendida nos Estados Unidos. A SABMiller é dona da americana Miller, da holandesa Grolsch, da italiana Peroni e da tcheca Pilsner Urquell.
Com a palavra agora, as autoridades de defesa da livre concorrência, que podem exigir que a megaempresa venda algumas de suas marcas em alguns mercados para evitar o monopólio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário