domingo, 11 de outubro de 2015

África do Sul vai abandonar o Tribunal Penal Internacional

Sob fortes críticas por não cumprir uma ordem de prisão contra o ditador do Sudão, Omar Bachir, acusado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, o governo da África do Sul prepara a retirada do país do Tribunal Penal Internacional, declarou à agência Reuters um vice-ministro sul-africano.

Vinte e um anos depois do fim da ditadura da minoria branca, os críticos do Congresso Nacional Africano (CNA), o partido de Nelson Mandela, afirmam que, se a maioria negra estivesse lutando contra o apartheid  em outro país, o atual governo sul-africano não a apoiaria. É notória a cumplicidade com ditadores como Robert Mugabe, do vizinho Zimbábue.

Em junho deste ano, a Suprema Corte da África do Sul autorizou a prisão do ditador sudanês, que participava de uma reunião da União Africana no país. O governo do presidente Jacob Zuma simplesmente ignorou a decisão da Justiça.

Diante de pressões para se explicar, na semana passada, a África do Sul pediu mais tempo ao TPI para se justificar, mas estaria decidida a se retirar. Grande esperança para ajudar a democratizar a África, o governo sul-africano decepciona mais uma vez.

Vários países do continente podem seguir o exemplo. Seus líderes exigem imunidade enquanto estiverem no poder. Em reunião extraordinária da UA realizada em outubro de 2013, eles resolveram lutar contra o TPI e sua importância global.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parece que o judiciário não aprende mesmo. os poderes devem ser independentes, principalmente, quanto a política externa. já imaginou um tribunal mandar prender Putin, pela ´apropriação´da Criméia? ou um Obama? um míssil balístico leva 20 minutos para alcançar seu alvo, com 10 ogivas nucleares na cabeça. não dá tempo sequer para pedir desculpas!!!!