A Tanzânia, país mais populoso do Leste da África, vota hoje na eleição presidencial mais disputada de sua história. Há um pequeno favoritismo para John Magufuli, do Chama Cha Mapinduzi (Partido da Revolução), o partido que está há mais tempo no poder na África, desde a independência de Tanganica, em 1962, passando pela fusão com Zanzibar, em 1977.
Mesmo com a introdução da democracia, em 1992, o CCM ganhou todas as eleições presidenciais e parlamentares. Agora, está sendo ameaçado por um de seus antigos líderes, o ex-primeiro-ministro Edward Lowassa, informa o boletim de notícias sul-africana News24.
"Quero levar o país ao desenvolvimento e bem-estar social", prometeu Magufuli, de 55 anos, num de seus últimos comícios. "Todos merecem uma vida melhor, independentemente de inclinações políticas."
Lowassa, de 62 anos, chefe de governo de 2005 a 2008, quando caiu diante de denúncias de corrupção, foi no início do ano para o Chadema (Chama cha Demokrasia na Maendeleo, Partido da Democracia e do Congresso). Aposta no desgaste do partido governista: "Vamos tirar o CCM do governo, um regime que faliu a nação nos 54 anos em que está no poder."
Chefe da missão de observadores da Comunidade (ex-Britânica) das Nações, o ex-presidente da Nigéria Goodluck Jonathan, deu um recado claro aos dois candidatos: "Se perder, aceite a derrota."
Os resultados saem durante a semana. Zanzibar deve encerrar a apuração amanhã.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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