Sob a proteção de bombardeios aéreos da Rússia, que passou a usar também mísseis de cruzeiro, as forças leais à ditadura de Bachar Assad lançaram hoje uma ofensiva terrestre, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição que monitora a guerra civil na Síria.
O combate, descrito como o mais intenso dos últimos meses, começou na cidade de Morek, que fica na estrada entre a capital, Damasco, e Alepo, que era o principal centro econômico do país antes do início da guerra civil há quatro anos e meio.
Antes, navios de guerra russo estacionados no Mar Cáspio, a uma distância de 1,5 mil km, dispararam 26 mísseis de cruzeiros de última geração contra 11 alvos na Síria, passando pelo Irã e o Iraque.
Ontem, um grupo rebelde revelou que a Rússia instalou uma base na semana passada na cidade de Hama. Com a ajuda de assessores russos e iranianos, e da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus), a ditadura de Bachar Assad espera retomar a iniciativa, enquanto a Turquia, a Arábia Saudita e outras monarquias petroleiras do Golfo Pérsico reforçam grupos rebeldes para resistir à intervenção militar russa.
A Rússia e o Irã tentam fortalecer o regime sírio para terem vozes mais fortes nas negociações para acabar com a maior tragédia humanitária em andamento hoje no mundo, que no momento estão alimentando.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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