O deputado conservador Paul Ryan, candidato a vice-presidente em 2010, um dos líderes do movimento radical de direita Festa do Chá, foi eleito hoje presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
Ryan recebeu 236 votos contra 184 para a deputada Nancy Pelosi, que presidiu a Câmara quando o Partido Democrata tinha maioria. Três democratas não votaram nela. Nove republicanos votaram no deputado Daniel Webster.
Ao aceitar a candidatura depois de alguma relutância, Ryan exigiu o fim das divisões da bancada do Partido Republicano, de 247 deputados, que infernizou a vida de John Boehner até ele decidir deixar a Presidência da Câmara.
Segundo homem na linha de sucessão do presidente, o presidente da Câmara é hoje o cargo mais importante ocupado pela oposição republicana.
O novo presidente da Câmara defende uma ampla reforma do sistema de impostos, é contra o programa para universalizar o acesso à saúde do governo Barack Obama e gostaria de revisar profundamente os programas federais de combate à pobreza. É casado, pai de três filhos e gosta de correr maratonas.
"Ele usa a palavra pobreza e faz com que todos pensem que é um cara legal", criticou a deputada democrata Marcia Fudge. "Sua posição é que o governo federal permite que as pessoas continuem na miséria. Então, quer acabar com todos os programas para que os pobres descobram outras saídas."
A Convenção da Liberdade na Câmara, um grupo de 40 radicais de direita, pressiona Ryan a dar mais poder ao baixo clero. Esse grupo derrubou Boehner e vetou a candidatura do líder da maioria republicana, deputado Kevin McCarthy. O novo presidente prometeu só levar à votação em plenário projetos que tenham maioria dentro da bancada republicana.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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