O cientista japonês Takaaki Kajita, da Universidade de Tóquio, e o colega canadense Arthur McDonald, da Universidade Queens, de Kingston, no estado de Ontário, ganharam hoje o Prêmio Nobel de Física de 2015 por "descobrirem as variações do neutrino", que mostram essas partículas subatômicas têm massa.
Bilhões de neutrinos passam pelo nosso corpo a cada segundo. Os físicos estimam que o peso de todos os neutrinos do universo seja quase igual ao peso de todas as estrelas visíveis, informa o Instituto Americano de Física (AIP, em inglês). Mas, por muito tempo, os cientistas acreditavam que os neutrinos não tinham massa.
Há três tipos de neutrinos: eléctron, tau e muon. Em 1998, Kajita apresentou dados do detetor Super-Kamiokande revelando que os neutrinos criados em reações entre raios cósmicos e a atmosfera da Terra mudam de tipo ao viajar pelo ar até chegarem ao detector. Isso só é possível porque têm massa.
Em 2001, um grupo de pesquisadores chefiado por McDonald no Observatório de Neutrinos de Sudbury, no Canadá, descobriram que os neutrinos vindos do Sol também podem passar por essa metamorfose.
"O prêmio deste ano destaca um passo extremamente importante na compreensão das partículas fundamentais do universo, que aumentou nosso entendimento tanto da física das partículas quanto da cosmologia", declarou Robert Brown, diretor-executivo do AIP.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Descoberta da massa dos neutrinos dá Prêmio Nobel de Física
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