A coalizão de centro-direita do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho venceu as eleições parlamentares de domingo, mas elegeu apenas 104 dos 230 deputados, perdendo a maioria na Assembleia da República.
Sob a liderança do ex-prefeito de Lisboa António Costa, o Partido Socialista (PS) elegeu 85 deputados com uma campanha denunciado o programa de ajuste fiscal imposto pelos credores em troca de um empréstimo de 78 bilhões de euros. A liderança de Costa pode ser desafiada, noticiou o jornal português Público, que observou um avanço de alianças mais à esquerda.
O Bloco de Esquerda e a Coligação Democrática Unitária (CDU), formada pelo Partido Comunista Português (PCP) e os Verdes, conquistaram 36 cadeiras. Se as esquerdas se unirem, podem barrar a coalizão de Passos Coelho, entre o Partido Social-Democrata (PSD) e o Centro Democrático-Social (CDS).
No fim da noite de ontem, o primeiro-ministro anunciou que pretende chegar a um acordo com o PS para formar um governo minoritário e obter apoio da oposição mais moderada para ajudar Portugal a sair da crise.
"Nossas obrigações como governo nos obrigam a deixar de lado as bandeiras partidárias e nos unir a todos que querem construir um país melhor", declarou Passos Coelho.
Depois do acordo com os credores, em 2011, Portugal voltou a crescer, mas ainda não chegou ao nível anterior à crise. A economia avança hoje num ritmo de 1,5% ao ano. O desemprego caiu de 17,5% para 11,9%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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