Um míssil terra-ar BUK fabricado na Rússia derrubou o voo MH17 (Amsterdã-Kuala Lumpur) da companhia aérea Malaysia Airlines numa área controlada por rebeldes apoiados por Moscou no Leste da Ucrânia em julho de 2014, concluiu uma investigação do Conselho de Segurança Aérea da Holanda divulgada hoje.
O relatório não acusa ninguém diretamente pela tragédia, mas critica as autoridades ucranianas por não fechar o espaço aéreo a voos civis. Todas as 298 pessoas a bordo morreram.
A ex-república soviética da Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam os rebeldes pela queda do Boeing 777. Gravações de conversas entre rebeldes e oficiais russos indicam que o avião foi abatido por engano, ao ser tomado por um avião de guerra da Ucrânia.
Depois de alegar que o voo foi derrubado por um míssil disparado por um avião de caça ucraniano, a Rússia afirma agora que o míssil partiu de território controlado pelo governo de Kiev. A empresa fabricante do míssil chegou a dizer que se trata de um modelo antigo que não estaria mais em uso pelas Forças Armadas da Rússia, mas é comum dar armas mais antigas a rebeldes apoiados pelo Kremlin.
A guerra do protoditador russo, Vladimir Putin, contra a aspiração da ex-república soviética de se aproximar da União Europeia causou a tragédia.
O míssil atingiu a parte frontal esquerda do Boeing causando um tipo de impacto que afasta outras possibilidades como choque de meteoro, míssil ar-ar ou explosão interna, sustenta o relatório. Depois desse anúncio, o primeiro-ministro malasiano, Najib Razak, prometeu levar os responsáveis à Justiça, enquanto o vice-ministro da Rússia, Serguei Riabkov, acusou a investigação de ser "parcial" e de ignorar as informações prestadas por Moscou.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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