quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Estado Islâmico confirma morte de subcomandante

Um bombardeio aéreo dos Estados Unidos matou em 18 de agosto o subcomandante da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, confirmou ontem um porta-voz da milícia em vídeo divulgado na Internet, citado pela Agência France Presse (AFP).

Fadhil Ahmad al-Hayali, que usava o nome de guerra Abu Mataz al-Kurachi, e um operador de mídia do Estado Islâmico, Abu Abdullah, foram mortos nos arredores de Mossul, quando seu carro foi avejado por bombardeiros americanos. Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, foi tomada pelo EI em 10 de junho de 2014.

A Casa Branca anunciou as mortes em 22 de agosto deste ano e apontou Hayali como segundo na hierarquia do grupo jihadista, abaixo apenas do supremo líder, Abu Bakr al-Baghdadi, autoproclamado Califa Ibrahim em 29 de junho do ano passado.

Hayali, ex-oficial das Forças Armadas do Iraque sob a ditadura de Saddam Hussein, era membro do conselho diretor do EI e estava encarregado das operações no Iraque. A milícia jihadista, que nasceu como Al Caeda no Iraque e Estado Islâmico do Iraque, recrutou pelo menos mil oficiais das Forças Armadas de Saddam, dissolvidas depois da invasão americana de 2003.

A história ensina que as milícias jihadistas sobrevivem à morte de seus líderes. O maior golpe foi a morte de Ossama ben Laden por tudo o que representava como chefe mundial da rebelião muçulmana contra ordem estabelecida. Mas Al Caeda não morreu, apesar de enfrentar hoje uma forte concorrência do Estado Islâmico.

Esses grupos terroristas proliferam no ambiente de anarquia de Estados Nacionais falidos, casos do Líbano, do Afeganistão, da Somália, do Iraque e da Síria. Enquanto a máquina do Estado não for reconstruída, o caos vai continuar alimentando o terror.

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