quinta-feira, 29 de outubro de 2015

China acaba com a política do filho único

Para combater o rápido envelhecimento da população, o regime comunista da China anunciou hoje o fim da política do filho único, adotada em 1979 para evitar uma explosão demográfica. A partir de agora, todo casal terá direito a ter dois filhos, revelou a agência oficial de notícias Nova China.

A medida foi tomada durante uma reunião plenária de quatro dias do Comitê Central do Partido Comunista que termina hoje à noite. Não foi divulgada a data em que entra em vigor.

Depois da vitória da revolução comunista, em 1º de outubro de 1949, o Grande Timoneiro Mao Tsé-tung incentivou o controle da natalidade para fortalecer o regime e usar sua massa humana com objetivos estratégicos. A China já tinha mais de 500 milhões de habitantes.

Quando Deng Xiaoping lançou as reformas para modernizar o país e abrir sua economia ao comércio internacional, temia que a explosão demográfica atrapalhasse sua estratégia de desenvolvimento. Adotou então o que o jornal inglês Financial Times descreveu hoje como "uma das experiências sociais mais draconianas da história moderna".

Há dois anos, o governo chinês relaxou a política, permitindo que casais onde pelo menos um dos cônjuges fosse filho único tenham dois filhos. Antes, os dois membros do casal precisavam ser filhos únicos para poderem ter dois filhos.

Em zonas rurais, a política do filho único foi flexibilizada quando o primeiro filho era menina ou deficiente para evitar o infanticídio de meninas. No interior da China, o filho homem é mais valorizado.

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