sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Israel rejeita presença de força internacional em Jerusalém

Em declaração no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o embaixador de Israel, David Roet, considerou inadmissível a intervenção de uma força internacional no Monte do Templo, foco de uma rebelião palestina em que pelo menos sete israelenses e 30 palestinos foram mortos desde o início de outubro de 2015.

"Permitam-me ser muito claro: Israel não vai aceitar nenhuma presença internacional no Monte do Templo", afirmou o embaixador israelense na ONU. "Uma presença deste tipo seria uma mudança no status quo."

O Monte do Templo é considerado o lugar mais sagrado para os judeus. Lá fica o Muro das Lamentações, a única parede restante do Templo de Jerusalém. Para os muçulmanos, é a Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do Islã, de onde o profeta Maomé teria ascendido aos céus.

Quando Israel ocupou a Cisjordânia e o setor oriental de Jerusalém, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, a administração das mesquitas ficou a cargo da Jordânia e os judeus ficaram proibidos de rezar na esplanada.

Desde então, o governo israelense declarou que Jerusalém é a capital indivisível de Israel, uma anexação ilegal à luz do direito internacional, e progressivamente amplia as colônias destinadas a tornar a ocupação irreversível.

Diante da determinação da direita israelense de não devolver os territórios ocupados, os palestinos passaram a temer pelo futuro da esplanada. Na atual revolta, jovens árabes esfaqueiam israelenses, especialmente em Jerusalém e Telavive, as principais cidades de Israel, na chamada Intifada das Facas.

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