sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Terrorista americano visou negros e cristãos em massacre no Oregon

Antes de matar algumas de suas nove vítimas num campus universitário da cidade de Roseburg, no interior do estado do Oregon, o terrorista americano Chris Harper Mercer, de 26 anos, perguntou: "Você é cristão? Então vai se encontrar com Deus." Os negros também foram alvos.

Mercer matou nove pessoas ontem antes de morrer baleado pela polícia. Os Estados Unidos ainda investigam os motivos do jovem nascido no Reino Unido mas criado no país para cometer mais um massacre, enquanto o presidente Barack Obama lamentou mais uma vez ter de voltar a falar no controle da venda de armas.

Desde que Obama chegou à Casa Branca, em janeiro de 2009, houve cerca de 30 massacres cometidos por atiradores descontrolados. Só neste ano, atiradores atacaram 45 escolas. Eles mataram muito mais americanos do que todos os atentados terroristas ocorridos depois de 11 de setembro de 2001, mas a Associação Nacional do Rifle, o poderoso lobby dos fabricantes de armas impede a aprovação de qualquer lei.

"Rezar não basta", desabafou ontem o presidente dos EUA. "Gastamos mais de US$ 1 trilhão, aprovamos inúmeras leis e criamos agências inteiras para prevenir ataques terroristas em nosso território. Mas temos um Congresso que explicitamente nos impede até mesmo de coletar dados sobre como se poderia reduzir o número de mortes por armas de fogo. Como isto é possível?"

A Emenda nº 2 da Constituição, dá aos cidadãos o direito de portar armas e formar milícias para se defender. Obama gostaria de impor algum controle, como a verificação dos antecedentes criminais e da saúde mental dos compradores de armas. Nem isso passa num Congresso dominado pela oposição conservadora.

Nos EUA, é possível comprar armas pela Internet ou em feiras da indústria sem qualquer fiscalização. Mercer tinha 13 armas, todas compradas da mesma loja. Seis foram apreendidas no campus e sete na casa dele.

Os crimes contra cristãos representam apenas 10% dos delitos cometidos por motivos religiosos nos EUA desde 2013, de acordo com as estatísticas do FBI, a polícia federal americana. De um total de 1.031 casos, os judeus foram alvo em 625, os muçulmanos em 135, os católicos em 70 e os protestantes em 35.

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