É cada vez mais improvável que a meta de crescimento de 7% neste ano seja atingida, se os dados do Birô Nacional de Estatísticas oficiais forem confiáveis, o que muito analistas duvidam. Se a economia estivesse mesmo perto da meta, não precisaria de tantos estímulos.
"De modo geral, é um grande desapontamento", lamentou Klaus Baader, economia do banco francês Société Générale. "O investimento caiu significativamente, apesar dos esforços do governo para estimular a economia. Parecem não ser suficientes." Ele prevê alta de 6,8% no último trimestre do ano.
O terceiro trimestre foi marcado por uma forte intervenção governamental para sustentar as bolsas de valores, que caíram 29% no período, e por uma série de desvalorizações inesperadas da moeda chinesa, o iuane, observou o jornal The New York Times. No primeiro e no segundo trimestres, a economia avançou em ritmo de 7% ao ano, abaixo dos 7,3% registrados em 2014.
Ao participar hoje de um evento para promover o empreendedorismo em Beijim, o primeiro-ministro Li Keqiang, principal responsável pela economia, alegou que, "embora sejam 6,9%, é uma taxa de crescimento de cerca de 7%".
Li afirmou que o mercado de trabalho está melhorando e que a inovação está ajudando a reestruturar a segunda maior economia do mundo, com uma geração de riqueza anual de mais de US$ 11 trilhões.
Li afirmou que o mercado de trabalho está melhorando e que a inovação está ajudando a reestruturar a segunda maior economia do mundo, com uma geração de riqueza anual de mais de US$ 11 trilhões.
Nos últimos sete anos, a China foi responsável por um terço do crescimento econômico mundial. Ao rebaixar neste mês de 3,3% para 3,1% sua previsão de crescimento para a economia mundial em 2015, o Fundo Monetário Internacional (FMI) citou entre as razões a China, assim como a fraca recuperação na Europa e no Japão e a recessão em grandes emergentes como Rússia em Brasil.
A presidente do banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, também citou a China para justificar a manutenção das taxas básicas de juros em praticamente zero.
Os grandes exportadores de produtos primários da América Latina, inclusive o Brasil, da África e do Oriente Médio sofrem diretamente com a desaceleração chinesa, que afeta o preço de suas exportações.
Diante da crise deflagrada apelo colapso do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008, o regime comunista da China lançou um plano de estímulo de US$ 600 bilhões que manteve a bonança entre os emergentes e aqueceu o mercado imobiliário chinês.
Um dos problemas gerados foi uma bolha no mercado imobiliário que deve tirar 1,5 ponto percentual da taxa de crescimento do ano pelas previsões do banco suíço UBS. Os compradores de imóveis estão adiando o negócio à espera de uma queda maior nos preços. A alta no investimento imobiliário nos primeiros nove meses do ano foi de 2,6%, a menor desde 2009.
A produção industrial cresceu 5,7% nos últimos 12 meses, indicando o que talvez se torne o novo padrão normal para as taxas de crescimento da China. O investimento em capital fixo também ficou aquém da expectativa, em 10,3%, o menor índice em 15 anos. Há excesso de capacidade instalada e empresas endividadas.
As vendas no varejo tiveram alta de 10,9% num ano e o setor de serviços de 8,4%, garantindo o crescimento robusto.
Os economistas esperam uma nova queda na taxa básica de juros e uma redução na percentagem dos depósitos que os bancos são obrigados a deixar no Banco Popular da China como reserva, duas medidas destinadas a aumentar o investimento e o consumo.
Mais preocupado em consolidar sua liderança sobre o Partido Comunista, o presidente Xi Jinping pode até afastar o primeiro-ministro Li Keqiang, um protegido do antecessor de Xi, Hu Jintao, especula a revista inglesa The Economist.
O extraordinário crescimento chinês das últimas três décadas legitimou o poder absoluto do partido. Enquanto está enriquecendo, a população vai se revoltar. Quando a crise vier, o monopólio do PC será questionado além das academias. Toda crise econômica é uma crise política em potencial.
A presidente do banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, também citou a China para justificar a manutenção das taxas básicas de juros em praticamente zero.
Os grandes exportadores de produtos primários da América Latina, inclusive o Brasil, da África e do Oriente Médio sofrem diretamente com a desaceleração chinesa, que afeta o preço de suas exportações.
Diante da crise deflagrada apelo colapso do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008, o regime comunista da China lançou um plano de estímulo de US$ 600 bilhões que manteve a bonança entre os emergentes e aqueceu o mercado imobiliário chinês.
Um dos problemas gerados foi uma bolha no mercado imobiliário que deve tirar 1,5 ponto percentual da taxa de crescimento do ano pelas previsões do banco suíço UBS. Os compradores de imóveis estão adiando o negócio à espera de uma queda maior nos preços. A alta no investimento imobiliário nos primeiros nove meses do ano foi de 2,6%, a menor desde 2009.
A produção industrial cresceu 5,7% nos últimos 12 meses, indicando o que talvez se torne o novo padrão normal para as taxas de crescimento da China. O investimento em capital fixo também ficou aquém da expectativa, em 10,3%, o menor índice em 15 anos. Há excesso de capacidade instalada e empresas endividadas.
As vendas no varejo tiveram alta de 10,9% num ano e o setor de serviços de 8,4%, garantindo o crescimento robusto.
Os economistas esperam uma nova queda na taxa básica de juros e uma redução na percentagem dos depósitos que os bancos são obrigados a deixar no Banco Popular da China como reserva, duas medidas destinadas a aumentar o investimento e o consumo.
Mais preocupado em consolidar sua liderança sobre o Partido Comunista, o presidente Xi Jinping pode até afastar o primeiro-ministro Li Keqiang, um protegido do antecessor de Xi, Hu Jintao, especula a revista inglesa The Economist.
O extraordinário crescimento chinês das últimas três décadas legitimou o poder absoluto do partido. Enquanto está enriquecendo, a população vai se revoltar. Quando a crise vier, o monopólio do PC será questionado além das academias. Toda crise econômica é uma crise política em potencial.
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