Depois de iniciar a campanha como um dos favoritos dos meios de comunicação e da cúpula do Partido Republicano, diante da falta de apoio nas pesquisas e de dinheiro, o governador de Wisconsin, Scott Walker, abandonou hoje a disputa pela candidatura de oposição à Presidência dos Estados Unidos em 2016.
É o segundo dos 14 aspirantes republicanos a tirar o time de campo. O primeiro foi o ex-governador do Texas Rick Perry. Em 2012, Perry chegou a liderar as pesquisas. Caiu quando não soube dizer num debate quais as três agências do governo federal que fecharia se fosse eleito.
Em seu anúncio, Walker atribuiu seu fracasso à inesperada popularidade nas pesquisas de intenção de voto do magnata imobiliário Donald Trump, que vem atacando ferozmente todos os rivais e se negou a se comprometer a apoiar quem for escolhido nas eleições primárias. Ameaça concorrer como candidato independente.
Ao fazer isso em 1992, o magnata Ross Perot ajudou Bill Clinton a derrotar George Bush, o pai, dando a Casa Branca ao Partido Democrata.
Walker recomendou o abandono da corrida aos outros candidatos com poucas chances para que o Partido Republicano possa se concentrar em evitar que Trump ganhe a parada.
Na segunda-feira à noite, o senador texano Ted Cruz, talvez o candidato mais à direita de todos, tinha encontro marcado em Nova York com um doador da campanha de Walker. Jeb Bush, outro favorito que não decolou ia telefonar para outro doador.
Na última pesquisa da televisão americana CNN, Walker não pontuou. Trump continua em primeiro, mas caiu de 32% para 24%. A alta executiva Carly Fiorina, ex-diretora-geral da empresa de informática HP, pulou três pontos para o segundo lugar com 15% por causa de seu bom desempenho no segundo debate da campanha. Passou à frente do neurocirurgião Ben Carson, que agora é o terceiro com 14%.
A característica comum dos três primeiros colocados é que nenhum é político de carreira. O velho discurso do Partido Republicano contra os políticos em geral e os de Washington em particular colou.
O quarto colocado é o jovem senador da Flórida Marco Rubio, filho de exilados cubanos, considerado um dos vencedores do debate ao lado de Fiorina. Com 11%, Rubio passou o ex-governador da Flórida Jeb Bush, irmão e filho de ex-presidentes, considerado o favorito da cúpula do partido, que aparece em quinto lugar com 9%.
Logo atrás, dois evangélicos, o senador Ted Cruz e o ex-governador do Arkansas Mick Huckabee com 6%; o senador libertário do Kentucky Rand Paul, com 4%; o governador de Nova Jérsei, Chris Christie, com 3%; o governador de Ohio, John Kasich, com 2%; e o ex-senador pela Pensilvânia Rick Santorum, com 1%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Governador Scott Walker abandona corrida à Casa Branca
Marcadores:
Carly Fiorina,
Casa Branca 2016,
Donald Trump,
Eleição presidencial,
Eleições primárias,
EUA,
Marco Rubio,
Mike Huckabee,
Partido Republicano,
Rick Perry,
Scott Walker,
Ted Cruz,
Wisconsin
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário