O Exército do Egito anunciou hoje o início de uma grande operação contra a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na Província do Sinai. Pelo menos 29 milicianos e dois soldados egípcios foram mortos.
A Província do Sinai do Estado Islâmico é o ramo da milícia que atua no Egito. Com o aumento das atividades de grupos terroristas na região, os Estados Unidos estão reexaminando sua participação na Força Multinacional de Observação, em missão de paz na região desde a assinatura de um acordo entre Israel e o Egito, em 1979.
Como força de interposição entre os exércitos de dois países que tinham feito um acordo de paz, a missão não está preparada para enfrentar uma guerra permanente de grupos irregulares. Se os EUA retirarem seu contingente, provavelmente a missão de paz será abandonada.
No momento, o governo Barack Obama está em atrito com os dois países, maiores aliados americanos no Oriente Médio ao lado da Arábia Saudita.
Israel rejeita o acordo negociado entre as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e o Irã para desarmar o programa nuclear iraniano. Teme que ajude a República Islâmica a ganhar tempo para fabricar armas atômicas.
A Casa Branca é contra a nova lei anterrorista do Egito, imposta pelo ditador Abdel Fatah al-Sissi, que derrubou em 3 de julho de 2013 o único presidente eleito democraticamente da história do país, Mohamed Mursi.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário