Ao completar 63 anos e 217 dias no trono da Inglaterra na quarta-feira, a rainha Elizabeth II superou o recorde da tataravó rainha Vitória, que reinou de 1837 a 1901. É um novo recorde mundial para a monarquia britânica.
Se os 50 anos de reinado foram objeto de grande celebração no Reino Unido em 2002, com Elizabeth II desfilando na mesma carruagem dourada da ascensão ao trono, ontem houve apenas um jornal no Castelo de Balmoral, na Escócia, residência de verão da família real britânica.
No Parlamento Britânico, o primeiro-ministro conservador David Cameron destacou a estabilidade política do país depois da Segunda Guerra Mundial, mas jornais de esquerda, como The Guardian e The Independent, questionaram a validade da instituição milenar para o futuro do país.
Com os escândalos que envolveram o casamento do príncipe Charles, herdeiro do trono, com a falecida princesa Diana, a dúvida é se a instituição será capaz de sobreviver depois da morte de Elizabeth. Charles está casado com a ex-amante, Camila Parker-Bowles. Nenhum tem nem de longe a popularidade de Diana.
Quando o irmão de Diana fez um discurso emocionado em seu funeral, alguns ingleses imaginaram que se isso ocorresse no passado distante, talvez a multidão enfurecida invadisse a Abadia de Westminster, derrubasse Elizabeth e Charles e colocasse no trono o príncipe William, filho de Diana, que é hoje a face da modernização da monarquia.
Diante da defesa da república como uma forma de governo mais moderna, quando eu morava em Londres, um inglês questionou: "Para quê? Se for para eleger aqueles presidentes da América Latina, é melhor continuar com a monarquia."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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