Assessores militares da Rússia e do Irã chegaram hoje a Bagdá para coordenar os esforços de inteligência com o Iraque, a Síria e o Líbano na luta contra a milícia terrorista sunita Estado Islâmico do Iraque e do Levante, anunciou o presidente do Comitê de Segurança e Defesa da Assembleia Nacional iraquiana, deputado Hakim al-Zamili.
O deputado justificou a aliança com a Rússia e o Irã, que viola acordos de segurança e defesa firmados com os Estados Unidos. Alegou que os americanos não entraram para valer na guerra civil iraquianos e que os bombardeios aéreos ordenados pelo presidente Barack Obama há pouco mais de um ano não deram resultado.
Doze anos depois da invasão ordenada pelo presidente americano George W. Bush, o Iraque é um país destroçado. No Norte, a região curda conquistou autonomia e sonha em recriar o Curdistão. O Centro e o Sul estão sob o controle do governo majoritariamente xiita de Bagdá, apoiado pelo Irã. A região majoritariamente sunita é dominada pelo Estado Islâmico.
O atual primeiro-ministro Heidar al-Abadi tentou diminuir a influência iraniana com o apoio do Grão-Aiatolá Ali al-Sistani, maior autoridade religiosa xiita do Iraque. Há rumores de golpe de Estado em Bagdá. O ex-primeiro-ministro Nuri al-Maliki estaria arquitetando um retorno.
Em sua luta para combater a influência do Irã e do xiismo, a Arábia Saudita reabriu sua embaixada em Bagdá depois de 25 anos e outras monarquias petroleiras do Golfo Pérsico devem seguir o exemplo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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