Depois de um grande esforço para se tornar o maior fabricante de automóveis do mundo, a empresa alemã Volkswagen reconheceu hoje que 11 milhões de veículos foram equipados com programas de computador para mascarar a emissão de poluentes e fraudar as normais de proteção ambiental.
Sob ameaça de um processo penal nos Estados Unidos, da convocação dos responsáveis pela empresa na Coreia do Sul e do pedido da França de uma investigação na Europa, a VW perdeu nos últimos dias 20% de seu valor de mercado.
Hoje, o diretor-presidente da empresa, Martin Winterkorn, prometeu que a manipulação jamais se repetirá. O escândalo das emissões de poluentes provocou uma onda de choque na Alemanha, onde a VW era considerada uma empresa-modelo e um orgulho nacional.
Na sexta-feira, as autoridades americanas denunciaram a fraude para mascarar a poluição gerada pelos veículos da VW movidos a óleo diesel, que poderia ser até 40 vezes acima do permitido. A multa pode chegar a US$ 18 bilhões.
A organização não governamental Conselho Internacional por um Transporte Limpo logo levantou a suspeita de que a fraude tenha sido cometida não só nos EUA, levando a União Europeia e a Coreia do Sul a exigir esclarecimentos e abrir investigações.
No primeiro semestre de 2015, a VW superou a japonesa Toyota em número de veículos vendidos, tornando-se a maior empresa do setor no mundo. Agora, essa liderança está ameaçada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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