quarta-feira, 16 de setembro de 2015

China constrói ilhas em mar territorial disputado com vizinhos

Apesar de anunciar quatro semanas atrás a suspensão das obras, o regime comunista da China está aterrando áreas ao redor de recifes nas Ilhas Spratly para criar ilhas onde construiu pistas de pouso e explora petróleo e gás natural, noticiou a agência Reuters citando pesquisa do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, de Washington.

O estudo analisa imagens recentes de satélites dos Estados Unidos dos recifes de Mischief e Subi, parte de um arquipélago de 750 atóis, ilhas, ilhotas e recifes com superfícies que somam 4 quilômetros quadrados e se espalham por 425 mil km2 do Mar do Sul da China. Esses dois recifes também são reivindicados pelas Filipinas e o Vietnã.

Em Subi, as dragas estão depositando sedimentos em áreas delimitadas pela recente construção de muros já chamados de Muralha do Mar da China. Um canal também está sendo dragado no recife de Mischief, possivelmente para uso militar. No recife Cruz Ardente, imagens de 14 de setembro revelam uma nova pista de pouso de 3 km, heliportos, a cúpula de um radar, uma torre da vigia e equipamentos de comunicação via satélite.

A China disputa a soberania sobre as Ilhas Spratly e Paracel com Brunei, as Filipinas, a Malásia, Taiwan e o Vietnã. Com a exceção de Brunei, todos têm forças militares no arquipélago. No subsolo, haveria bilhões de barris de petróleo e 25,5 trilhões de metros cúbicos de gás.

Diante da crescente agressividade chinesa e da presunção de que os EUA não vão comprar uma briga com a China para defender umas ilhotas, há uma rearticulação de alianças militares no Sudeste Asiático.

O Vietnã assinou um acordo de cooperação militar de cinco anos com a Índia em maio. Em junho, o presidente filipino, Benigno Aquino III, fez uma visita de Estado ao Japão, onde comprou dez barcos de patrulhamento naval e autorizou as Forças de Defesa japonesas a pousar e reabastecer nas Filipinas.

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