O presidente interino de Burkina Fasso, Michel Kafando, reassumiu o cargo nesta quarta-feira, depois que o Exército tomou a capital e exigiu a rendição dos golpistas, membros da guarda presidencial ligados ao ex-ditador Blaise Compaoré.
"Estou de volta ao trabalho", declarou Kafando. "Durante esta experiência difícil, lutamos juntos e triunfamos juntos."
Pelo menos dez pessoas foram mortas durante o golpe. Kafando, o primeiro-ministro Isaac Zida e vários ministros foram presos pelos golpistas na quarta-feira passada. Zida foi libertado ontem.
O golpe foi repudiado pelas Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, em inglês), que negociou a restituição do poder ao governo deposto.
O líder golpista, general Gilbert Diendéré, chefe do Regimento de Segurança Presidencial, o nome oficial da guarda, é ligado ao ex-ditador Blaise Compaoré, deposto em outubro de 2014 em meio a uma revolta popular quando tentava concorrer a um novo mandato depois de 27 anos no poder.
Como presidente interino, a principal missão de Kafando é organizar as eleições parlamentares e presidencial previstas para 11 de outubro de 2015.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Presidente de Burkina Fasso reassume uma semana após golpe
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