O governo interino de Burkina Fasso, restaurado há três dias depois do golpe militar de 17 de setembro, decidiu ontem extinguir o Regimento de Segurança Presidencial, a guarda presidencial, responsável pela conspiração, noticiou a Radio France Internationale.
Depois de fazer um inventário das armas em poder da guarda, o governo vai entregá-las a outros soldados e dispersar a guarda.
O presidente interino Michel Kafando substituiu no ano passado o ditador Blaise Compaoré, derrubado por uma revolta popular depois de 27 anos no poder, com a missão de preparar as eleições parlamentares e presidencial previstas para 11 de outubro de 2015. Voltou ao cargo em 23 de setembro.
Hoje a Justiça burkinense anunciou o congelamento dos bens de 14 golpistas, inclusive do general Gilbert Diendéré, líder do golpe e ex-chefe da guarda presidencial, ligado a Compaoré, e de quatro partidos políticos.
O Conselho Nacional de Transição reassumiu hoje seus plenos poderes. As ruas da capital de Burkina Fasso, Uagadugu, estão calmas. Pelo menos dez pessoas foram mortas pelo golpe.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário