Cinco dias depois do golpe que derrubou o presidente interino, Michel Kafando, o Exército entrou durante a noite de ontem para hoje em Uagadugu, a capital de Burkina Fasso, para pressionar os líderes rebeldes a devolver o poder. O primeiro-ministro Isaac Zida foi libertado.
Os civis que saíram às ruas nos últimos dias para protestar contra o golpe não opuseram resistência ao Exército regular. A guarda presidencial ou Regimento de Segurança presidencial, responsável pelo golpe, negocia a rendição.
O líder golpista, general Gilbert Diendéré, é ligado ao ex-ditador Blaise Compaoré, derrubado há pouco menos de um ano numa revolta popular quando tentava mudar a Constituição para concorrer a um novo mandato depois de 27 anos no poder.
Diendéré se nega a devolver o poder a Kafando. Quer ficar até as eleições parlamentares e presidencial de 11 de outubro. Mas não tem apoio doméstico nem internacional.
As Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas) condenaram o golpe e exigiriam a devolução imediata do poder aos civis dentro do processo de democratização em andamento.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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