As forças de segurança do Egito prenderam mais 63 ativistas da Irmandade Muçulmana sob a acusação de incitar à violência e cometer atos violentos, noticiou hoje o Middle East Monitor, citando como fonte o Ministério do Interior egípcio.
Mais antigo movimento fundamentalista islâmico do mundo, fundado em 1928 por Hassan al-Bana para reislamizar os muçulmanos, a Irmandade era o único grupo político organizado no Egito quando a revolução da Primavera Árabe derrubou o ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011.
Mesmo sem ter liderado a revolução, a Irmandade Muçulmana conquistou maioria no Parlamento e a Presidência do Egito com a eleição direta Mohamed Mursi em junho de 2012. Pouco mais de um ano depois, em 3 de julho de 2013, Mursi foi deposto num golpe militar liderado pelo atual ditador, marechal Abdel Fattah al-Sissi, e a Irmandade foi declarada um grupo terrorista.
Desde então, mais de mil ativistas e 600 soldados e policiais foram mortos numa guerra civil latente. Mursi e outros membros da cúpula do movimento foram condenados à morte e aguardam recurso. Na semana passada, um grupo que se apresenta como a Província do Sinai do Estado Islâmico lançou um grande ataque contra postos e bases militares no Norte da Península do Sinai.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Egito prende mais 63 ativistas da Irmandade Muçulmana
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