Duas explosões atribuídas a extremistas muçulmanos mataram pelo menos 44 pessoas e feriram outras dezenas ontem na cidade de Jos, capital do estado de Plateau, na região central da Nigéria, noticiou o jornal nigeriano Vanguard. O principal suspeito é o grupo jihadista Boko Haram.
A primeira bomba explodiu às nove e quatorze da noite num centro comercial próximo à Universidade de Jos, contou uma testemunha citada pelo jornal.
A segunda explosão aconteceu quatro minutos depois num cruzamento popular para comer na rua, perto da mesquita popular de Van Taya, onde o xeque Sani Yahaya Jingir fazia sua pregação diária do Corão depois do fim do jejum que os muçulmanos são obrigados a respeitar durante o dia no sagrado mês do Ramadã. Uma caminhonete Hilux do xeque e outros veículos particulares levaram os feridos para o hospital.
O emir da cidade de Kanam, no mesmo estado, Alhaji Babangida, condenou os ataques: "É uma grande desgraça num período em que os muçulmanos estão jejuando e rezando a Alá para apoiar a paz e pedir bênçãos que algumas pessoas estejam matando seus semelhantes a sangue frio. Eu condeno totalmente esses atos e peço a Alá que exponha os malfeitores responsáveis por esses atos desumanos e odiosos."
Babangida apelou ao governo para aumentar a segurança de modo a evitar futuros ataques. Quer proibir, por exemplo, o estacionamento de carros e motos perto de locais de concentração de pessoas.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante defendeu um aumento das ações terroristas durante o Ramadã. O Boko Haram jurou meses atrás lealdade ao grupo e agora se apresenta como a província do Estado Islâmico na África Ocidental. Mas não se acredita que haja ligações financeiras e operacionais entre as duas milícias.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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