O ditador Raúl Castro insistiu hoje em que "não é possível conceber" relações normais com os Estados Unidos enquanto continuar o embargo econômico imposto depois da estatização de propriedades de americanos em Cuba depois da revolução comunista liderada por Fidel Castro.
"Esperamos que Obama continue usando suas prerrogativas de chefe do Executivo para desmantelar aspectos desta política que causa danos e privações a nosso povo", declarou Raúl em discurso no encerramento da primeira sessão plenária anual da Assembleia Nacional, o parlamento fantoche da ilha, citado pelo sítio de notícias Infolatam.
Em 1º de julho de 2015, ao anunciar a reabertura das embaixadas em 20 de julho, Obama pediu ao Congresso dos EUA que suspenda o embargo econômico.
Desde 1992, o que era apenas uma série de decretos do Executivo se tornou lei aprovada pela Câmara e o Senado que exige a democratização de Cuba, com eleições pluripartidárias para normalizar as relações econômicas entre os dois países.
O reatamento foi anunciado simultaneamente em 17 de dezembro de 2014, depois de 55 anos de ruptura e de um ano e meio de negociações secretas.
Raúl Castro foi além do bloqueio. Cobrou a devolução da base naval de Guantânamo, ocupada antes da Guerra da Independência de Cuba (1898), onde o governo George W. Bush criou em 2002 um centro de detenção ilegal para os prisioneiros da guerra contra o terrorismo.
Em sua primeira campanha presidencial, Obama prometeu fechar a prisão de Guantânamo. Não conseguiu por causa da dificuldade de processar suspeitos detidos ilegalmente nos tribunais dos EUA.
O dirigente cubano também pediu "o fim das transmissões ilegais de rádio e televisão para a ilha, que se eliminem os programas dirigidos a promover a subversão e a destabilização, e se compense o povo cubano pelos prejuízos humanos e econômicos causados pelas políticas dos EUA."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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