Um dia depois que o Parlamento da Grécia aprovou o novo programa de ajuda proposto pelos sócios da Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) ampliou hoje em 900 milhões de euros a linha de crédito de emergência para evitar a falência dos bancos gregos.
Em entrevista coletiva, o presidente do BCE, o italiano Mario Draghi, justificou a medida tendo em vista "diversos avanços positivos" nas negociações da Grécia com os credores internacionais para acertar o terceiro programa de resgate financeiro da dívida pública do país.
Os bancos gregos estão fechado desde 29 de junho. Os correntistas só podem sacar 60 euros por dia por conta bancária. A ajuda de liquidez de emergência já era de 89 milhões. Houve um aumento pequeno, mas indica a disposição do BCE de evitar um colapso do sistema financeiro da Grécia.
Com conflitos na rua entre a polícia e manifestantes contrário ao acordo, e apesar dos votos contrários de 39 deputados do partido do governo, a Coligação de Esquerda Radical (Syriza), o Parlamento da Grécia aprovou ontem o acordo por 229 a 64, com seis abstenções.
Horas antes, a Assembleia Nacional e o Senado da França aprovaram o acordo sem problemas. A maior dificuldade deve ocorrer no Parlamento da Alemanha, onde há forte resistência da opinião pública em emprestar mais dinheiro à Grécia. A votação em Berlim será amanhã.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário