Os Estados Unidos criaram 223 mil postos de trabalho a mais do que fecharam em junho de 2015, mantendo um forte ritmo de contratações, mas a estagnação dos salários e a redução da tamanho da força de trabalho indicam que a maior economia do mundo ainda não chegou à plena recuperação, observa o jornal The Washington Post. A taxa de desemprego caiu para 5,3%. É a menor em sete anos.
No primeiro semestre, a economia americana teve um saldo de 2,5 milhões de vagas de empregos, mas ficou abaixo dos 3,1 milhões de 2014. Mas a revisão dos dados de abril e maio diminuiu em 60 mil o ampliação do mercado de trabalho.
"Não estamos em pleno emprego sob nenhuma medida", declarou o secretário do Trabalho dos EUA, Thomas Perez. "A melhor maneira de aumentar salários é um mercado de trabalho mais apertado. Não tivemos dois anos seguidos de forte crescimento do emprego desde o governo Clinton" (1993-2001).
Os economistas americanos costumam considerar 5% a "taxa natural de desemprego", abaixo da qual haveria pressão para aumento de salários, mas o índice se aproxima desse nível com os salários estagnados. O Wonkblog, do Washington Post, pergunta se a nova "taxa natural de desemprego" para a economia dos EUA é 4%.
Em junho, a força de trabalho perdeu 400 mil trabalhadores em junho. A taxa de participação no mercado de trabalho caiu para 62,7%. É a menor desde 1977.
Com este quadro misto, os analistas de mercado tentam adivinhar quando o Comitê de Mercado Aberto do Conselho da Reserva Federal (Fed), o comitê de política monetária do banco central dos EUA, vai voltar a aumentar suas taxas básicas de juros. A aposta ainda é setembro, mas os economistas estão longe de um consenso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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