O presidente Barack Obama anunciou há pouco que os Estados Unidos vão reabrir sua embaixada em Havana a partir de 20 de julho de 2015, reatando formalmente as relações com Cuba, rompidas há 54 anos. A reabertura será feita com a presença do secretário de Estado americano, John Kerry. O governo cubano confirmou.
Durante entrevista nos jardins da Casa Branca, Obama afirmou que o isolamento de Cuba foi improdutivo, não derrubou o regime comunista e só causou mais sofrimento ao povo cubano.
Em nota, o Ministério do Exterior de Cuba citou uma carta do presidente Obama para confirmar a reabertura das embaixadas em Havana e Washington em 20 de julho ou nos dias seguintes.
Obama e o dirigente cubano Raúl Castro anunciaram o reatamento em 17 de dezembro de 2014, depois de um ano e meio de negociações secretas apoiadas pelo Vaticano e o papa Francisco.
Ao longo dos últimos 54 anos, os EUA mantiveram uma seção de negócios dentro da Embaixada da Suécia. Com cerca de 50 funcionários, era maior do que a maioria das embaixadas em Havana. Na prática, os EUA e Cuba tinham muitos problemas comuns a tratar, como tráfico de drogas, navegação no Estreito da Flórida, refugiados e a base naval de Guantânamo, e mantinham relações informalmente em várias áreas.
O embargo econômico em vigor desde 1960 só pode ser revogado pelo Congresso dos EUA, onde a maioria da oposição republicana é contra antes da democratização de Cuba. Mas a reaproximação é irreversível e Obama pediu ao Congresso o fim do embargo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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