A Venezuela decretou estado de emergência em mais quatro cidades, noticiou ontem o jornal El Nacional, reforçando a suspeita de que o regime chavista procura desculpas para adiar, suspender ou manipular ainda mais as eleições parlamentares convocadas sob pressão internacional para 6 de dezembro de 2015.
Depois de um incidente atribuído a contrabandistas colombianos em que três soldados venezuelanos foram feridos, o protoditador Nicolás Maduro fechou vários postos de fronteira e impôs em 22 de agosto estado de emergência nos municípios de Bolívar, Pedro María Urena, Junín, Capacho Velho e Rafael Urdaneta.
Agora, as cidades de Lobatera, Panamericano, García Hevia e Ayacucho, do mesmo estado de Táchira, que faz fronteira com o departamento colombiano de Cúcuta, foram incluídas na lista.
O contrabando é uma atividade rotineira porque há escassez na Venezuela de 75% dos produtos normalmente encontrados em supermercados e a gasolina fortamente subsidiados custa poucos centavos de dólar por litro. Assim, os contrabandistas vendem gasolina venezuelana e tentam introduzir produtos colombianos no país vizinho.
Com a inflação rondando 200%, queda de 7% no produto interno bruto prevista para este ano, o desbastecimento generalizado e um dos maiores índices de homicídio do mundo, as pesquisas dão mais de 20 pontos percentuais de vantagem à oposição, mas o regime chavista não mostra a menor intenção de ceder o poder.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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