BOSTON, EUA - O crescimento da economia dos Estados Unidos, a queda na produção americana e indicações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo de que pode reduzir a produção para aumentar os preços elevaram a cotação do barril de petróleo em 25% em três dias.
A alta de 8,8% ontem levou o preço do barril de petróleo tipo West Texas Intermediate, do Golfo do México, padrão do mercado americano, para US$ 49,20 na Bolsa Mercantil de Nova York. Já o petróleo tipo Brent, do Mar do Norte, padrão da Bolsa de Mercadorias e Futuros de Londres, subiu 8,2% para US$ 54,15, noticiou o jornal Financial Times, principal diário econômico financeiro da Europa.
Em artigo intitulado Cooperação é a chave para o futuro, o boletim da OPEP prometeu continuar a fazer "tudo o que estiver em seu poder para criar o ambiente adequado para que o mercado de petróleo atinja o equilíbrio entre preços justos e razoáveis."
Alguns analistas interpretaram o recado como sinal de que o cartel dos países exportadores possa chegar a um acordo para diminuir a produção, forçando uma alta nos preços. Outros entendem que ainda falta um sinal claro da Arábia Saudita, maior exportador mundial, de que vai mudar sua política de baixar os preços.
Em junho, a produção dos EUA caiu para 9,3 milhões de barris por dia depois de chegar ao pico de 9,6 milhões barris diários em abril. Assim, a média da produção americana no primeiro semestre de 2015 caiu de 9,5 para 9,4 milhões de barris.
A queda nos preços do petróleo, que chegaram a ficar abaixo de US$ 38 por barril na semana passada, com a crise nas bolsas de valores da China, ajudou a conter a inflação no resto do mundo, mas não no Brasil. Ao mesmo tempo, grandes produtores como a Rússia, a Venezuela, a Argélia e a Nigéria enfrentam fortes crises orçamentárias e econômicas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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