Com a ajuda de milícias tribais, forças leais ao presidente Abed Rabbo Mansur Hadi, apoiado pela Arábia Saudita, tentam conter o avanço dos rebeldes hutis, que são xiitas zaiditas, rumo ao porto de Áden, no Sul do Iêmen, noticiou hoje a agência Reuters.
Ontem, os hutis tomaram Taiz, a terceira maior cidade do Iêmen. Em reunião de emergência, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou por unanimidade as "ações unilaterais" dos rebeldes, como o bombardeio ao aeroporto e ao palácio presidencial de Áden, acusando-os de desestabilizar o país e deixá-lo à beira de uma guerra civil.
Desde que foi libertado da prisão domiciliar imposta pelos rebeldes, há um mês, o presidente deposto fugiu da capital, Saná, para Áden, ex-capital do antigo Iêmen do Sul, onde tenta organizar um governo paralelo para resistir.
Na província central de Baida, os hutis enfrentam milícias tribais possivelmente ligadas à rede terrorista Al Caeda na Península Arábica, que se instalou no Iêmen para fugir da repressão saudita.
Os Estados Unidos usavam o país como base para atacar Al Caeda e teriam abandonado equipamentos militares no valor de US$ 500 milhões ao fechar a embaixada e retirar todo seu pessoal do país. No momento, a orientação do Departamento de Estado é que todos os americanos saiam do Iêmen.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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