Pela primeira vez desde maio de 2013, o núcleo do índice crescimento de preços ao consumidor ficou em zero no Japão, mostrando mais uma vez as dificuldades do primeiro-ministro Shinzo Abe para combater a estagnação e a deflação.
No mês passado, a taxa anual ficou em 0,2%. A inflação zero é atribuída ao fraco consumo doméstico e à queda nos preços internacionais do petróleo. O núcleo da inflação exclui os preços mais voláteis de alimentos frescos. O índice amplo ficou em 2,2%.
Em fevereiro de 2015, na comparação anual, o consumo doméstico foi 0,4% inferior em termos nominais e de -2,9% em termos reais, no décimo-terceiro mês consecutivo de baixa. Ainda assim, melhorou em relação aos -5,1% da janeiro de 2015. A renda doméstica subiu 1,9% em termos nominais, mas caiu 0,7% em termos reais.
A abeconomia, as políticas do primeiro-ministro para recuperar a economia, sofreu um duro golpe em 1º de abril do ano passado, quando o governo aumentou de 5% para 8% um imposto sobre consumo, refreando o apetite dos consumidores.
O Banco do Japão, banco central do país, faz no momento o maior programa de alívio quantitativo do mundo, anunciado em abril de 2013. Desde então, está comprando títulos para colocar em circulação mais ienes, no valor total de US$ 1,4 trilhão. A meta é chegar a uma inflação de 2% ao ano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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