sexta-feira, 27 de março de 2015

Inflação nula ameaça economia japonesa com volta da recessão

Pela primeira vez desde maio de 2013, o núcleo do índice crescimento de preços ao consumidor ficou em zero no Japão, mostrando mais uma vez as dificuldades do primeiro-ministro Shinzo Abe para combater a estagnação e a deflação.

No mês passado, a taxa anual ficou em 0,2%. A inflação zero é atribuída ao fraco consumo doméstico e à queda nos preços internacionais do petróleo. O núcleo da inflação exclui os preços mais voláteis de alimentos frescos. O índice amplo ficou em 2,2%.

Em fevereiro de 2015, na comparação anual, o consumo doméstico foi 0,4% inferior em termos nominais e de -2,9% em termos reais, no décimo-terceiro mês consecutivo de baixa. Ainda assim, melhorou em relação aos -5,1% da janeiro de 2015. A renda doméstica subiu 1,9% em termos nominais, mas caiu 0,7% em termos reais.

A abeconomia, as políticas do primeiro-ministro para recuperar a economia, sofreu um duro golpe em 1º de abril do ano passado, quando o governo aumentou de 5% para 8% um imposto sobre consumo, refreando o apetite dos consumidores.

O Banco do Japão, banco central do país, faz no momento o maior programa de alívio quantitativo do mundo, anunciado em abril de 2013. Desde então, está comprando títulos para colocar em circulação mais ienes, no valor total de US$ 1,4 trilhão. A meta é chegar a uma inflação de 2% ao ano.

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