quinta-feira, 19 de março de 2015

Grécia enfrenta corrida bancária e descontentamento com governo

Cerca de 58% dos gregos acreditam que a Coligação de Esquerda Radical (Syriza) não está cumprindo suas promessas de campanha e 50,5% não estão satisfeitos com as negociações da Grécia com a União Europeia, enquanto os bancos enfrentam uma corrida bancária, com saques de centenas de milhões de euros ontem, noticiou hoje o sítio de notícias Greek Reporter.

As ações dos bancos caíram 8% na Bolsa de Valores de Atenas ontem, quando foram sacados entre 350 a 400 milhões de euros depois que o presidente do Grupo do Euro admitiu a possibilidade de impor controles de capitais à Grécia.

O governo grego aprovou ontem uma lei para dar ajuda humanitária aos mais necessitados, inclusive um auxílio habitacional de 30 mil euros por ano e ajuda alimentar. Seus parceiros da Zona do Euro, especialmente a Alemanha, perguntam de onde vai sair o dinheiro.

A Grécia voltou a crescer no ano passado (0,8%) depois de seis anos de depressão em que sua economia encolheu 25%, sob pressão de medidas de austeridade para equilibrar as contas públicas em troca de empréstimos de 240 bilhões de euros aprovados pela UE, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE).

Com a gravidade da crise, os partidos tradicionais foram varridos numa eleição em 25 de janeiro de 2015 e a esquerda radical chegou ao poder. Embora tenha recuado de suas propostas iniciais de renegociação da dívida pública grega, o governo insiste em medidas compensatórias para ajudar os mais prejudicados pelo ajuste fiscal.

O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras precisa apresentar ao Grupo do Euro uma lista completa de reformar para ajustar a receita e as despesas públicas.

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