Cerca de 58% dos gregos acreditam que a Coligação de Esquerda Radical (Syriza) não está cumprindo suas promessas de campanha e 50,5% não estão satisfeitos com as negociações da Grécia com a União Europeia, enquanto os bancos enfrentam uma corrida bancária, com saques de centenas de milhões de euros ontem, noticiou hoje o sítio de notícias Greek Reporter.
As ações dos bancos caíram 8% na Bolsa de Valores de Atenas ontem, quando foram sacados entre 350 a 400 milhões de euros depois que o presidente do Grupo do Euro admitiu a possibilidade de impor controles de capitais à Grécia.
O governo grego aprovou ontem uma lei para dar ajuda humanitária aos mais necessitados, inclusive um auxílio habitacional de 30 mil euros por ano e ajuda alimentar. Seus parceiros da Zona do Euro, especialmente a Alemanha, perguntam de onde vai sair o dinheiro.
A Grécia voltou a crescer no ano passado (0,8%) depois de seis anos de depressão em que sua economia encolheu 25%, sob pressão de medidas de austeridade para equilibrar as contas públicas em troca de empréstimos de 240 bilhões de euros aprovados pela UE, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE).
Com a gravidade da crise, os partidos tradicionais foram varridos numa eleição em 25 de janeiro de 2015 e a esquerda radical chegou ao poder. Embora tenha recuado de suas propostas iniciais de renegociação da dívida pública grega, o governo insiste em medidas compensatórias para ajudar os mais prejudicados pelo ajuste fiscal.
O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras precisa apresentar ao Grupo do Euro uma lista completa de reformar para ajustar a receita e as despesas públicas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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