terça-feira, 17 de março de 2015

Irlanda festeja retomada do crescimento

Neste Dia de São Patrício, padroeiro da Irlanda, o país festeja com muita cerveja preta e pubs lotados um crescimento duas vezes superior à média da Zona do Euro. Está em plena recuperação da crise da dívida pública que o obrigou em 2010 a tomar empréstimos de 67,5 bilhões de euros junto aos parceiros da Eurozona, ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Central Europeu (BCE).

Sem ceder às pressões de parceiros poderosos como a Alemanha e a França, que queriam um aumento do imposto sobre empresas, a Irlanda reequilibrou as contas públicas, abalada pelo socorro financeiro aos bancos atingidos pela especulação imobiliária.

A expectativa dos analistas do Citibank é de um crescimento de 3% a 4% neste ano e no próximo, enquanto a expansão da Eurozona não deve passar de 2% no mesmo período. As exportações avançaram 13% em 2014. Nos últimos seis meses, a Bolsa de Valores de Dublin subiu 25%, o melhor desempenho da Europa.

O desemprego de 10,4% ainda é elevado. No momento, a maior ameaça é a deflação. Em fevereiro, os preços ao consumidores registraram uma queda anual de 0,4%. Foi o terceiro mês consecutivo de queda. Cerca de 17% dos empréstimos bancários não devem ser pagos.

A médio prazo, os maiores riscos são superaquecimento da economia por causa da política de expansão monetária do BCE, que está comprando títulos públicos para jogar mais euros em circulação, e a ameaça de que seu maior parceiro comercial, o Reino Unido, deixe a União Europeia num plebiscito que pode ser convocado para 2017.

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