A intervenção militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen foi planejada inicialmente para durar um mês, mas pode se estender por cinco ou seis, revelou hoje a agência Reuters citando como fonte um diplomata da região do Golfo Pérsico.
Os países árabes atacam os rebeldes hutis, que são zaiditas, um dos ramos do xiismo, e recebem apoio do Irã. A expectativa das monarquias petroleiras do Golfo é de uma resposta de extremistas xiitas no Bahrein, no Líbano e no Leste da Arábia Saudita.
Até agora, a intervenção se limita a bombardeios aéreos, mas a televisão saudita Al Arabiya informou que 150 mil soldados foram mobilizados para um possível invasão terrestre. A Marinha saudita está resgatando diplomatas no porto de Áden, alvo da ofensiva rebelde que motivou a intervenção.
O ataque da aliança árabe vai continuar até que o Iêmen retome um processo de transição política mediado pelas Nações Unidas.
O maior risco é de um agravamento dos conflitos entre sunitas e xiitas capaz de levar a uma conflagração generalizada no Oriente Médio. Eles já lutam entre si no Bahrein, no Iêmen, no Iraque, no Líbano e na Síria.
A intervenção saudita visa a impedir a consolidação de um regime xiita hostil ao sul do país. O Egito defendeu a formação de um exército árabe unido para enfrentar as ameaças de segurança no Oriente Médio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário