sábado, 28 de março de 2015

Intervenção saudita no Iêmen pode durar seis meses

A intervenção militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen foi planejada inicialmente para durar um mês, mas pode se estender por cinco ou seis, revelou hoje a agência Reuters citando como fonte um diplomata da região do Golfo Pérsico.

Os países árabes atacam os rebeldes hutis, que são zaiditas, um dos ramos do xiismo, e recebem apoio do Irã. A expectativa das monarquias petroleiras do Golfo é de uma resposta de extremistas xiitas no Bahrein, no Líbano e no Leste da Arábia Saudita.

Até agora, a intervenção se limita a bombardeios aéreos, mas a televisão saudita Al Arabiya informou que 150 mil soldados foram mobilizados para um possível invasão terrestre. A Marinha saudita está resgatando diplomatas no porto de Áden, alvo da ofensiva rebelde que motivou a intervenção.

O ataque da aliança árabe vai continuar até que o Iêmen retome um processo de transição política mediado pelas Nações Unidas.

O maior risco é de um agravamento dos conflitos entre sunitas e xiitas capaz de levar a uma conflagração generalizada no Oriente Médio. Eles já lutam entre si no Bahrein, no Iêmen, no Iraque, no Líbano e na Síria.

A intervenção saudita visa a impedir a consolidação de um regime xiita hostil ao sul do país. O Egito defendeu a formação de um exército árabe unido para enfrentar as ameaças de segurança no Oriente Médio.

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