Na sua obsessão de destruir monumentos históricos da era pré-islâmica, a milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante atacou o Mosteiro dos Mártires São Behnam e sua irmã Sara, da Igreja Católica Siríaca ou da Síria, noticiou o jornal inglês The Independent. É uma construção do século 4 depois de Cristo situada perto de Beth Khdeda, no Norte do Iraque.
O Estado Islâmico tomou o mosteiro em junho de 2014, na mesma ofensiva em que ocupou Mossul, a segunda maior cidade iraquiana. Imediatamente, os jihadistas removeram todas as cruzes e expulsaram os monges, mas respeitaram as edificações históricas.
Há dois dias, começaram a aparecer em sítios do EI na Internet as imagens de explosões no mosteiro. Não se sabe quando ocorreram. O mosteiro sobreviveu a ataques de Nadir Shah, o xá do Irã, entre 1743 e 1790, e guarda uma das mais importantes bibliotecas síriacas do mundo. É outro patrimônio cultural da humanidade ameaçado pela fúria terrorista.
Além de expulsar os cristãos, a milícia está destruindo arrasando e vandalizando igrejas e monumentos religiosos e históricos, como as cidades assírias de Nimrod, Nínive, a selêucida Hatra, e o Museu de Mossul. Quer reescrever a história apagando toda referência que não seja à sua visão extremista do islamismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 21 de março de 2015
Estado Islâmico destrói mosteiro do século 4 no Iraque
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