A União por um Movimento Popular (UMP), de centro-direita, liderada pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, e seus aliados foram os grandes vencedores do segundo turno das eleições departamentais, realizado hoje na França, derrotando não só o governo socialista mas também a ultradireitista Frente Nacional, que é fascista e contra a União Europeia.
Do controle dos conselhos gerais de 41 101 departamentos franceses, a direita republicana pulou para 67, enquanto a esquerda liderada pelo PS, do presidente François Hollande, caiu de 61 para 34 departamentos e a neofascista FN, que sonhava em ser o maior partido da França, não venceu em nenhum, informa o jornal francês Le Monde.
Em percentual de votação, a direita republicana recebeu hoje 45% dos votos válidos, as várias esquerdas, 32% e a FN, 23%. Entre as esquerda, desgastado pela crise econômica, o Partido Socialista ficou em 16%. A abstenção foi de 50,01%.
Mesmo sem ganhar, a FN passou de um para 60 conselheiros. Sua líder, Marine Le Pen, saudou o avanço como "um passo crucial do movimento patriótico rumo ao poder."
Seu partido ficou em segundo na votação geral no primeiro turno, com 26% do total, depois de levar 25% nas eleições do ano passado para o Parlamento Europeu. Isso garantiria sua presença no segundo turno de uma eleição presidencial, o que seu pai conseguiu em 2002 com apenas 17% dos votos.
Para o ex-presidente Sarkozy, candidatíssimo à próxima eleição presidencial, em 2017, "a transição está em marcha", mas o primeiro-ministro socialista Manuel Valls acredita que a derrota da esquerda é apenas uma "perturbação passageira".
A primeira mudança pós-eleitoral deve ser uma tentativa de atrair os verdes e os ecologistas para o governo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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