A campanha anticorrupção no Exército Popular de Libertação da China só vai acabar quando a corrupção foi erradicada, afirmou o especialista em logística Xie Fan em editorial publicado no Diário do EPL, noticiou hoje em Hong Kong o jornal South China Morning Post.
O artigo anuncia que a campanha vai servir para criar um código de conduta para os militares chineses como parte de uma ampla reforma das Forças Armadas: "Alguns departamentos continuam com práticas ilegais: eles relutam em aplicar estritamente a lei porque o fenômeno da adoração do poder - em vez do respeito à lei - continua a existindo."
Na visão ocidental, o atual presidente chinês e secretário-geral do Partido Comunista, Xi Jinping, considerado o mais poderoso líder do país desde Deng Xiaoping, usa o combate à corrupção para consolidar o poder. Também reforçou a doutrinação ideológica dentro do Exército.
Xie tenta combater esta interpretação, num sinal de que também adeptos na China: "A campanha permanente contra a corrupção não é algo seletivo. Faz parte de um processo de reforma legal que não tem limites nem admite exceções."
Na linguagem figurada do regime comunista chinês, Xi prometeu caçar "das moscas aos tigres" na luta anticorrupção. Entre os tigres, depois do ex-ministro da Segurança do Estado, Zhou Yongkang, o maior de todos, estão sendo investigados o ex-vice-presidente da poderosa Comissão Militar Central, Xu Caihou, e Ju Gunshan, ex-subcomandante de logística do EPL.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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