Ao ouvir o registro das gravações de bordo, os investigadores do acidente que matou 150 pessoas há dois dias nos Alpes franceses concluíram que o copiloto derrubou o avião de propósito depois de trancar a porta da cabine quando o piloto saiu. O mais provável é que Andreas Lubitz, de 28 anos, tenha cometido suicídio.
O Airbus 320 da Germanwings, uma subsdiária da Lufthansa, considerada uma das melhores companhias aéreas do mundo, ia de Barcelona, na Espanha, para Dusseldorf, na Alemanha, com 144 passageiros e seis tripulantes. Pouco mais de meia hora depois da decolagem, o avião perdeu altitude durante oito minutos até desaparecer dos radares e se espatifar nas montanhas.
A caixa-preta com as gravações de bordo revelou que o piloto deixou a cabine, trancada pelo copiloto. Desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, os aviões têm mecanismos para trancar a cabine por dentro e impedir que os passageiros a invadam.
Andreas Lubitz se aproveitou disso para dar seu mergulho fatal, desprezando sua própria vida e das passageiros, entre os quais havia dois bebês e 16 estudantes de uma escola secundária alemã. Em princípio, ele não é suspeito de terrorismo.
Os passageiros aparentemente anteviram a tragédia iminente. Houve uma gritaria a bordo antes do choque fatal.
Como o Airbus estava em operação há 24 anos e tinha sido transferido da Lufthansa para a subsidiária que oferece voos mais baratos, inicialmente houve a suspeita de que pudesse ter havido um problema mecânico. Ontem, o diretor-presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, declarou que a companhia nunca tinha perdido um avião em pleno voo.
Várias companhias aéreas anunciaram que vão passar a manter pelo menos duas pessoas dentro da cabine todo o tempo para não dar chance a um piloto desequilibrado de provocar tamanha tragédia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário