A Arábia Saudita e nove países aliados da região do Golfo Pérsico, intervieram militarmente hoje no Iêmen para conter a ofensiva dos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, rumo ao porto de Áden, para onde fugiu o presidente Abed Rabbo Mansur Hadi depois de ser libertado da prisão domiciliar. Lá, tentou formar um governo paralelo.
A televisão saudita Al Arabiya noticiou que 100 aviões e 150 mil soldados participam da operação, o que indica que deve haver uma invasão terrestre.
Os bombardeios aéreos se concentram em instalações militares e tropas em movimento, anunciou o embaixador saudita nos Estados Unidos. Na sua ofensiva em direção à segunda maior cidade do país, os hutis tomaram uma base militar que era usada até a semana passada por comandos de operações especiais dos EUA. O presidente deposto fugiu do palácio presidencial de Áden.
Com a intervenção, fica evidente a intenção da Arábia Saudita de conter o expansionismo do Irã, que apoia grupos xiitas no Iraque, na Síria, no Líbano, no Bahrein e no Iêmen. Há uma guerra indireta entre estas duas potências regionais do Oriente Médio.
Hadi é um aliado importante dos EUA. O governo Obama usava o Iêmen como base para seus aviões não tripulados (drones) atacarem as bases da rede Al Caeda na Península Arábica, que se refugiou no país para escapar da repressão saudita.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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