Diante do que chamou de "ameaças sem precedentes", no fim de uma reunião de cúpula de dois dias da Liga Árabe realizada em Charm al-Cheikh para discutir a guerra civil no Iêmen, o ditador do Egito, marechal Abdel Fattah al-Sissi, anunciou a formação de um exército árabe unido como uma força de reação rápida para enfrentar problemas de segurança no Oriente Médio, noticiou hoje a televisão pública britânica BBC.
O exército árabe unido terá 40 mil soldados de elite, aviões, navios de guerra e veículos de combate e de transporte de tropas, acrescentaram oficiais egípcios. É improvável que todos os 22 países árabes contribuam. A participação será voluntária. Serão necessários alguns meses para organizar a força conjunta.
A Liga Árabe não esclareceu se a força será usada no Iêmen, onde a Arábia Saudita lidera uma intervenção militar de 10 países contra os rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã. Decidiu manter a intervenção até que "os rebeldes se retirem e entreguem as armas".
"O Iêmen está à beira do abismo, exigindo ações árabes e internacionais efetivs depois que todos os meios para atingir uma solução pacífica para acabar com o golpe huti e restaurar a legitimidade", declarou o comunicado final da Liga Árabe.
Apesar da ofensiva huti, da intervenção saudita e do fechamento de vários portos, as exportações de gás natural liquefeito continuam. A Marinha saudita, que resgatou diplomatas estrangeiros no porto de Áden, está escoltando os navios-tanques. A companhia petrolífera francesa Total fechou o escritório na capital, Saná, ocupada desde setembro pelos hutis, mas declarou que suas operações não foram afetadas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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