Diante da ofensiva do Estado Islâmico no Iraque, os Estados Unidos abandonaram o plano para reduzir a 5 mil o total de soldados americanos no Afeganistão até o fim de 2015, informou hoje o jornal britânico The Guardian citando fontes oficiais não identificadas.
A decisão final ainda não foi tomada pelo presidente Barack Obama. Na sua primeira campanha à Casa Branca, em 2008, ele prometeu acabar com as guerras herdadas do governo George W. Bush, mas mandou a Força Aérea bombardear o Estado Islâmico no Iraque e na Síria no ano passado. Depois da retirada americana do Iraque, recolocou os EUA em guerra daquele país.
Na Guerra do Afeganistão, a mais longa da história dos EUA, o risco é o mesmo. Como no Iraque, as forças de segurança locais podem não resistir a novas ofensivas das milícias extremistas muçulmanas, motivadas pela sensação de vitória com a retirada das tropas internacionais. E o Estado Islâmico tenta estender seus tentáculos até lá.
Assim, os EUA devem manter 9,8 mil soldados no Afeganistão e estão cogitando a possibilidade de manter uma força antiterrorista, e não apenas uma missão de treinamento e assessoria às Forças Armadas afegãs. Hoje há 2 mil soldados americanos envolvidos em operações contra o terrorismo baseados no Afeganistão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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