Diante da ameaça crescente da Rússia, a primeira-ministra da Polônia, Ewa Kopacz, assinou hoje um decreto que permite convocar homens sem experiência militar para manobras de treinamento das Forças Armadas, informou hoje a Rádio Polônia. Na Lituânia, o Parlamento deve aprovar em breve a volta do serviço militar obrigatório.
Durante a Guerra Fria, a Polônia fazia parte do Bloco Soviético. Já a Lituânia era uma das 15 repúblicas da União Soviética, anexada por Josef Stalin em 1940, no início da Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Com o colapso do comunismo e o fim da URSS, os dois países aderiram à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 2004. Agora, temem a agressividade e o revanchismo da Rússia de Vladimir Putin, que ocupou a anexou parte da ex-república soviética da Geórgia depois de uma curta guerra em 2008 e há um ano faz o mesmo na ex-república soviética da Ucrânia.
Por isso, Lituânia e Polônia querem fortalecer as relações militares com a Ucrânia e atrair o país para as instituições europeias. É exatamento o que Putin não quer.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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2 comentários:
Bom dia, professor.
Como anda esta situação da Polônia e Lituânia?
Desde a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 2014, as outras ex-repúblicas soviéticas, como a Lituânia, e os antigos países comunistas do Bloco Soviético, como a Polônia, sentem-se ameaçados pela agressividade do presidente Vladimir Putin e apelaram à OTAN. Enquanto a OTAN reforça suas posições na Europa Oriental, a Rússia reforça o enclave de Kaliningrado, alimentando uma nova guerra fria com o Ocidente. O impasse continua.
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