Com 99% das urnas apuradas, o partido Likud, do primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu, venceu as eleições em Israel, elegendo 30 dos 120 deputados da Knesset, o Parlamento israelense, contra 24 da União Sionista, liderada por Isaac Herzog, do Partido Trabalhista, noticiou o jornal Haaretz. Em terceiro lugar, ficou a Lista Conjunta, uma aliança de partidos árabes, com 14 cadeiras.
As eleições convocadas pelo chefe de governo no segundo ano de um mandato de quatro anos quase entregaram o poder à oposição. Nas últimas pesquisas pré-eleitorais, a US liderava com quatro deputados de vantagem.
Netanyahu fez um apelo desesperado no último momento, canibalizando os votos de seus aliados à direita com a promessa de não permitir a criação de um país para o povo palestino. Isso agrada aos colonos assentados na Cisjordânia ocupada, mas isola Israel internacionalmente ao enterrar o processo de paz mediado pelos Estados Unidos. As colônias em territórios ocupados violam o direito internacional e a Carta das Nações Unidas, que proíbe a guerra de conquista.
No discurso da vitória, o primeiro-ministro prometeu procurar os partidos religiosos e de direita para negociar a formação do novo "governo forte para proteger a segurança e o bem-estar". Deve ser mais de direita e mais isolado internacionalmente.
Depois de mais esta vitória, que lhe dá um quarto mandato, Netanyahu se prepara para superar o fundador de Israel, David ben Gurion, como chefe de governo que ficou mais tempo no poder no país.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) deve procurar o reconhecimento de um Estado Nacional palestino através de organizações internacional. Já aderiu ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Diante do colapso total do processo de paz, vai denunciar Israel por crimes de guerra acirrando ainda mais o conflito.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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