quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Oposição e presos políticos da Venezuela ganham prêmio da UE

O Parlamento Europeu deu hoje o Prêmio Andrei Sákharov à oposição e aos presos políticos da ditadura chavista na Venezuela por sua coragem na luta contra o regime repressivo de Caracas. É o prêmio de direitos humanos mais importante da União Europeia, uma homenagem a um dos mais famosos dissidentes da União Soviética, dado a quem combate tiranias.

A homenagem é à Assembleia Nacional, dominada pela oposição, que teve os poderes usurpados pela Assembleia Nacional Constituinte fraudulenta convocada pelo ditador Nicolás Maduro para anular o resultado das urnas, e às centenas de presos políticos, especialmente os ex-prefeitos Antonio Ledezma e Leopoldo López.

"Este prêmio apoia a luta das forças democráticas pela democracia na Venezuela", declarou o eurodeputado e ex-primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt, da bancada liberal do Parlamento Europeu. Ele fez um apelo "à comunidade internacional a se juntar à luta pela liberdade do povo venezuelano."

Em 2016, foram agraciadas duas mulheres da minoria étnica yazidi que fugiram da escravidão sexual imposta pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

O prêmio foi criado em 1988 em homenagem ao físico e dissidente soviético Andrei Sákharov, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 1975. Ele foi o maior adversário interno da ditadura comunista soviética em sua penúltima fase, antes da abertura promovida por Mikhail Gorbachev.

No passado, ganharam o líder negro sul-africano Nelson Mandela, vários dissidentes chineses e cubanos, o jornalista liberal saudita Raif Badawi, e as organizações não governamentais Mães da Praça de Maio e Repórteres sem Fronteiras (RsF).

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