Para mandar um recado claro, especialmente ao ditador norte-coreano Kim Jong Un, mas também às grandes potências, o Prêmio Nobel da Paz 2017 foi para a organização não governamental Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (ICAN, do inglês), anunciou hoje em Oslo o Comitê Norueguês do Nobel.
O ministro do Exterior do Irã e os negociadores dos Estados Unidos que fecharam o acordo de 2015 para desarmar o programa nuclear iraniano estavam entre os favoritos, assim como o papa Francisco. Mas o Irã está envolvido nas guerras civis da Síria e do Iêmen, e o presidente Donald Trump ameaça declarar que Teerã não está cumprindo o acordo.
"As armas nucleares são uma ameaça constante à humanidade", declarou Berit Reiss Andersen, presidente do comitê, lembrando que as potências nucleares "também têm de trabalhar por um mundo livre de armas nucleares", o que me parece altamente improvável.
Mais de cem organizações fazem parte da ICAN. O Nobel "manda uma mensagem aos países com armas nucleares e a todos os países que dependem de armas nucleares para sua segurança de que é um comportamento inaceitável", declarou Beatrice Fihn, diretora-executiva da ICAN.
"Estamos tentando enviar indicações muito fortes a todos os estados com armas nucleares - Coreia do Norte, EUA, Rússia, China, França, Reino Unido, Israel, Índia e Paquistão - de que é inaceitável matar civis", acrescentou ela.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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