Em discurso na televisão para responder ao presidente Donald Trump, o presidente Hassan Rouhani afirmou há pouco que o Irã vai manter a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e cumprir o acordo para desarmar seu programa nuclear, assinado em 2015 com as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido, e Rússia) e a Alemanha.
O aiatolá apresentou uma longa lista de reclamações sobre interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Irã, do golpe militar de 1953 e apoio à ditadura do xá Reza Pahlevi (1953-79) ao fornecimento de armas químicas a Saddam Hussein na Guerra Irã-Iraque (1980-88) e o abate de um avião de passageiros iraniano com 290 pessoas a bordo.
Rouhani também acusou Washington de apoiar uma ditadura tribalista na Arábia Saudita, responsabilizando o reino e aliados implicitamente pelo terrorismo sunita, e prometeu "continuar combatendo terroristas". É uma referência à guerra civil na Síria, onde o Irã apoia a ditadura de Bachar Assad, que alega estar enfrentando terroristas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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