Em mais uma manobra da ditadura de Nicolás Maduro para fraudar o resultado das urnas, dias antes das eleições estaduais de 15 de outubro de 2017, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela mudou, sem prévia notificação, os locais de votação de 700 mil eleitores. O processo foi acelerado na quarta e na quinta-feira, quando 400 mil eleitores foram realocados.
A oposição está oferecendo transporte para evitar a abstenção. O Departamento de Estado americano advertiu Maduro: "Os Estados Unidos e a comunidade internacional estão prestando a atenção nestas eleições", alertou a porta-voz Heather Nauert.
"Os EUA pedem ao regime que realize eleições livres e limpas", mas "estão preocupados com uma série de ações do CNE que põem em questão a limpeza do processo eleitoral", acrescentou a porta-voz.
No estado de Miranda, mais de 200 mil eleitores, cerca de 9% do total, foram realizados entre terça e quinta-feira. Em Caracas, quem votava desde 1989 na Metropolitana, uma universidade privada, agora terá de votar a quilômetros de distância, no alto de uma favela em Petare. Talvez não queira esperar horas na fila num local perigoso.
Apesar da manobra da ditadura, as pesquisas preveem a vitória da oposição em 21 dos 23 estados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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